COMISSÃO DA CARIDADE DA ARQUIDIOCESE DE DIAMANTINA PROMOVE JUBILEU DA ESPERANÇA.
A Comissão da Caridade da Arquidiocese de Diamantina realizou, no último dia 9 de novembro, um encontro marcante para vivenciar as graças do Ano Jubilar, reunindo aproximadamente 230 (duzentos e trinta) voluntários e agentes de pastoral, membros da referida comissão, em um evento dedicado à reflexão, solidariedade e renovação espiritual. O encontro, que aconteceu em clima de oração e esperança, reforçou o compromisso da comissão com ações que promovem dignidade humana, inclusão social e prática concreta da caridade cristã. Foi realizado no Seminário Arquidiocesano de Diamantina.
Na abertura do encontro, o padre Gilmar destacou o verdadeiro sentido do Ano Jubilar: “um tempo de graça, conversão e reconciliação, no qual a Igreja convida todos os fiéis a renovar sua vida de fé”. Ainda ressaltou que a caridade ocupa um lugar central na vida e na missão da Igreja Católica. Mais do que simples ajuda material, a caridade é compreendida como a expressão concreta do amor de Deus pelos seres humanos, manifestado no amor ao próximo. Jesus Cristo é o modelo supremo dessa caridade: Ele doou a própria vida pela salvação de todos, ensinando que “há mais alegria em dar do que em receber” (At 20,35) e que “tudo o que fizerdes a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim o fizestes” (Mt 25,40).
Em seguida, o facilitador do encontro, Helberton, secretário da Caritas brasileira regional Leste II, refletiu sobre o tema: “Peregrinos de Esperança, buscando a conversão e praticando a caridade”. Durante a sua reflexão lembrou aos participantes, que o Jubileu não é apenas um marco no calendário eclesial, mas uma oportunidade profunda para restaurar relações, promover a justiça social e fortalecer os vínculos comunitários. O palestrante ainda destacou que, historicamente, o Jubileu sempre esteve ligado à libertação, ao perdão e ao cuidado com os mais vulneráveis, valores que fundamentam o constante trabalho da Comissão da Caridade. Ser peregrino de esperança é caminhar com o olhar voltado para Deus, reconhecendo que cada passo é oportunidade de conversão e renovação interior. Nesse caminho, a esperança não é mero sentimento, mas força que impulsiona a mudar atitudes, rever escolhas e deixar-se transformar pela graça. Essa conversão, porém, não é apenas interior, manifesta-se concretamente na prática da caridade.
Após o almoço, todos os participantes concentraram na Basílica do Sagrado Coração de Jesus em adoração ao Santíssimo Sacramento. Momento de profundo encontro pessoal com Cristo na Eucaristia. Em seguida, como verdadeiros peregrinos, foi organizada uma piedosa caminhada em direção a Catedral da Sé. Durante a caminhada foi meditado os mistérios da vida de Jesus na oração do Rosário. Na Catedral, concluímos o encontro com a celebração da Santa Missa, presidida pelo Nosso Arcebispo metropolitano, Dom Darci José. Dom Darci lembrou que a caridade precisa ser articulada com uma esperança operativa. A Igreja é chamada a cuidar dos mais necessitados e a construir a paz por meio de gestos de solidariedade. Para ele, a caridade não é apenas auxílio emergencial, mas uma forma de participação na transformação da vida.
Ao despedir dos fiéis, fortificados pela graça jubilar, o padre Gilmar recordou as palavras do Papa Bento XVI, na encíclica Deus Caritas Est (“Deus é Amor”): “a caridade é o coração da Igreja” e que sem ela, a fé se tornaria estéril. Também citou o Papa Francisco que frequentemente recordava que a caridade deve ser vivida com gestos concretos, próximos, e que ninguém pode permanecer indiferente diante do sofrimento do outro. Assim, a caridade é, ao mesmo tempo, um mandamento e uma missão. Cada cristão é chamado a ser instrumento do amor de Deus no mundo, testemunhando, por meio de atitudes simples e generosas, que o Evangelho é uma força transformadora capaz de gerar justiça, paz e fraternidade entre todos os povos.

