Na época da emancipação o pároco da cidade era o Padre Serafim, Cardeal Dom Serafim Fernandes de Araújo, natural de Minas Novas que se tornou gouveano por adoção e prestou inúmeros serviços à comunidade, não só no campo religioso, como também social e esportivo, inclusive após a sua transferência para Curvelo, em 1957, quando se tornou Cônego e para Belo Horizonte em 1959, sendo nomeado Bispo, Arcebispo em 1986 e Cardeal em 1998.
Seu sucessor, como pároco de Gouveia, de 1957 até 1964 foi o Padre Luiz Barroso de Oliveira que teve a coragem e a ousadia para encarar os desafios de demolir e reconstruir a Igreja Matriz de Santo Antônio, em estilo moderno, no mesmo local da antiga, mesmo sabendo que somente poderia contar com a ajuda de um povo pobre e de uma prefeitura tão pobre quanto. Porém, a sua vontade, sua perspicácia, sua firmeza de propósito, fez com que a Fábrica São Roberto, por decisão do Dr. Alexandre Mascarenhas, encampasse a sua ideia e colocasse à sua disposição material e mão de obra para a reconstrução da igreja. Em 1964 quando foi transferido para a paróquia de Santa Maria do Suaçuí deixou os seus paroquianos de Gouveia, muito tristes. Foi sucedido, brilhantemente, no entanto, pelo Monsenhor José Batista dos Santos. O sucessor do Monsenhor Santos foi o Padre Lauro Vilela.
Atualmente Padre Franciane Bretas é o pároco da Paróquia Santo Antônio.
OUTRAS IGREJAS
Gouveia além da Matriz de Santo Antônio possui outras igrejas católicas como a de Nossa Senhora das Dores, datada do século XVIII, construída por escravos em cima de um grande bloco de granito, na hoje conhecida Praça do Calvário; a de Nossa Senhora de Lourdes, da Vila Operária da Fábrica São Roberto; a de São Geraldo, no bairro São Lucas; a de São Sebastião, ao lado do Cemitério São Miguel; a Capela de São Sebastião, na comunidade do Tigre; a Capela de Nossa Senhora da Conceição, na comunidade de Barão de Guaicuí; a Capela de Nossa Senhora das Dores, na comunidade do Camilinho; a Capela de Nossa Senhora da Conceição, na comunidade do Cuiabá; algumas destas com mais de cem anos de existência. A expressão “comunidade” que se usa aqui não tem o condão de menosprezar qualquer uma delas. Isso se dá em razão de que a expressão “distrito”, como são conhecidas, depende de decreto específico e à exceção da Vila Alexandre Mascarenhas, nenhuma outra ostenta essa designação. Por decisão expressa de D. Maria I, rainha de Portugal, datada de 24 de janeiro de 1787, foi erguida no arraial a Capela de Nossa Senhora do Rosário, demolida mais de cento e cinquenta anos depois, sem razões aparentes que justificassem esse feito, e sem os cuidados necessários para preservação da memória histórica e da identificação dos mortos que naquele chão se achavam sepultados.
Por Pascom Paróquia Santo Antônio – Gouveia