Artigos, Reflexões

Bíblia: A palavra de Deus “Tua palavra é luz no meu caminho” (Salmo 119, 105)

Na Igreja do Brasil, o mês de setembro é dedicado à Bíblia. Assim, podemos vislumbrar a palavra de Deus, recepcionando-a “como luz que ilumina o caminho” (Sl 119, 105), aumentar os espaços da consciência, usufruindo deste tesouro para construir o Reino de Deus em nós e nos outros.

No seu todo, os Livros Sagrados compõem o Antigo e o Novo Testamento. Estes querem ser o mapa para o viajador, o cajado para o peregrino, a bússola para o piloto, a espada para o soldado, e, sobretudo, o caminho certo para o cristão. Sua leitura, é estudo, consulta, oração, recolhimento, silêncio, meditação, encontrando, assim, o alimento que nos conforta (Mt 15,11). Sua arte de dirigir o espírito na investigação da verdade, quer dar alento, com a sólida parábola, da casa na rocha (Mt 7, 24-27; Lc 6, 47-49), o significado do fermento na massa (Mt 13, 33), a profundidade do grão de mostarda (Mt 13, 31-32; Mc 4, 30; Lc 13, 18), a esperança da ovelha perdida (Mt 18, 12-13), o valor de ser sal e luz do mundo (Mt 5, 13; Mc 9, 49-50), a grande recompensa de sermos trabalhadores da Vinha do Senhor (Mt 21, 1-16), a qualidade e o caráter do vinho novo (Mt 9, 17; Mc 2, 22; Lc 5, 37-39) e o quanto vale a pena conhecer a grande vitória da ressurreição (Mt 28, 2; Jo 11, 1- 46).

Podemos dizer, com alegria, que a Sagrada Escritura, é o grande best-seller de todos os tempos. Este grande livro, impulsiona-nos a ver Jesus entrando no coração de tanta gente, curando com encanto, favorecendo o perdão dos pecados (Lc 7, 36-50; 8, 2-3), a paciência de restabelecer (Lc 21, 19; Rom 5, 3-4; Cor 6, 3-4; Gál 5, 22), quebrando o orgulho (Mt 23, 12; Lc 1, 51; Tg 4, 6. 16), ensinando com parábolas que é possível se santificar, por muito grande ou pequena a chaga (Lc 16, 1-9; Mt 18, 12-13; Lc 15, 11-32; Lc 17, 11-19), oferecendo condições de que, para Deus, tudo é possível.

São Gregório Magno diz: “As palavras divinas crescem com quem as lê”. A pessoa de fé quer, naturalmente, saber o que é, o que acredita. O que implica em sua vida concreta e em seu destino. O ser humano quando envolvido de fé tem dentro de si uma curiosidade. Santo Anselmo diz: “A fé é desejosa de saber”. Santo Agostinho atesta: “Desejei ver com a inteligência o que acreditei”. No dizer de Clodovis Boff: “Há, na fé uma vontade de verdade”. Nisto consiste a verdade Daquele que se encarnou (Jo 1, 14 ss). Nossa fé efetiva mostra com clareza a entrada de Deus na história real. Jesus se torna a verdadeira Tora, no dizer do então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa Emérito Bento XVI, no seu livro Jesus de Nazaré.

Por isso, no mês de Setembro, e consequentemente, todo o ano, queremos viver, recordar, celebrar e anunciar, com fé, o que a Sagrada Escritura nos quer dizer. Estas Sagradas Letras são a grande faculdade de conhecer, o maior acontecimento de Deus. Nesta grande Carta, o Criador, informa toda a humanidade qual é seu desejo e vontade. O Papa Francisco, em sua Carta Encíclica Lúmen Fidei, nos diz: A transmissão da fé, que brilha para as pessoas de todas os lugares, passa pelo eixo dos tempos, a sua palavra (n.º 38). A Bíblia nos convida a vivenciarmos o dinamismo da vida cristã rumo à plena comunhão com Deus (n.º 7). Todas as verdades, que cremos, afirmam o mistério da vida nova da fé como caminho de comunhão com o Deus Vivo (n.º 45). É por isso que a Bíblia é o grande livro da humanidade. Seja um (a) apaixonado (a) da palavra de Deus, a Bíblia.  Pense nisso

Côn. Dr. Manuel Quitério de Azevedo

Prof.º do Seminário de Diamantina e da PUC-MG

Membro da Academia de Letras e Artes de Diamantina – (ALAD).

Membro da Academia Marial-SP

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